A Rússia teria enviado até 200 soldados para a Guiné Equatorial para proteger a presidência, uma vez que continua a expandir sua presença na África.
Relatos da mídia dizem que os russos estão treinando guardas de elite nas duas principais cidades do país - a capital Malabo e Bata.
Relatos de tropas russas implantadas no país surgiram pela primeira vez em agosto.
Nos últimos anos, a Rússia, que tem procurado ganhar mais influência na África, enviou milhares de mercenários para a África Ocidental e Central para proteger os regimes militares e ajudá-los a combater os insurgentes.
A agência de notícias Reuters citou fontes dizendo que estima-se que entre 100 e 200 russos tenham chegado nos últimos dois meses.
Ele disse que alguns provavelmente fariam parte do Corps Africa, uma força paramilitar anteriormente conhecida como Wagner antes de ser renomeada e oficialmente estar sob controle militar russo.
Houve outros relatos de avistamentos dos mercenários em Malabo e Bata, também indicando que eles estavam lá para proteger o presidente e sua família.
O pequeno país com uma população de 1,7 milhão é liderado pelo presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, o presidente mais antigo do mundo que está no poder desde 1979.
Seu filho, Teodoro Obiang Mangue, que é conhecido por seu estilo de vida luxuoso, é vice-presidente do país.
Ele tem estado no centro de escândalos em todo o mundo, e tem sido alvo de acusações criminais e sanções.
A administração da Guiné Equatorial tem enfrentado críticas por seu histórico de direitos humanos, incluindo assassinatos arbitrários e tortura, de acordo com um relatório do governo dos EUA.
O país tem tentado negociar acordos militares, bem como acordos de exploração de gás e minerais com a Rússia e a Bielorrússia.
No passado, a China tinha acordos semelhantes com a China.
Tanto o presidente da Guiné Equatorial quanto o vice-presidente fizeram várias visitas à Rússia no passado recente.
Em setembro, o presidente Obiang agradeceu o presidente russo Vladimir Putin por enviar instrutores para fortalecer a defesa da Guiné Equatorial, de acordo com a agência de notícias estatal TASS.
Na quarta-feira, Tutu Alicante, ativista de direitos humanos da Guiné Equatorial, disse à emissora estatal norte-americana VOA que a suposta presença militar no país poderia prejudicar os interesses geopolíticos dos EUA.
Ele disse que a Rússia estava "definitivamente flexionando seus músculos militares e econômicos no chão" através da presença física de tropas no país.
Os EUA no passado tiveram investimentos, incluindo no setor de energia do país, mas o interesse diminuiu.
Alguns países da África Ocidental que tiveram golpes nos últimos anos se afastaram de aliados ocidentais tradicionais como a França, acusando-os de não fazer o suficiente para reprimir insurgências jihadistas, enquanto buscam laços mais estreitos com a Rússia.
Reportagem adicional de Ines Silva Ir para BBCAfrica.com para mais notícias do continente africano.
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