A senhorita Nigéria, Chidimma Adetshina, falou de seu orgulho em ficar em segundo lugar na competição Miss Universo, além de ser nomeada Miss África e Oceania.
"Estou tão orgulhosa de mim mesma e acabei de fazer história", disse ela, pouco depois de perder para a Miss Dinamarca, Victoria Kjr Theilvig.
Adetshina originalmente competiu no concurso Miss África do Sul, como ela nasceu e cresceu no país, no entanto, ela foi submetida a trolling e abuso xenófobo porque seu pai é nigeriano.
No mês passado, as autoridades sul-africanas disseram que a retirariam de seus documentos de identidade, após alegações de que sua mãe, que tem raízes moçambicanas, cometeu fraude de identidade para ganhar a nacionalidade sul-africana.
Nem Adetshina nem sua mãe comentaram as alegações.
Autoridades sul-africanas apontaram que Adetshina não poderia ter participado de qualquer suposta fraude, já que ela era uma criança na época.
Após o furor na África do Sul, e as dúvidas sobre sua nacionalidade, ela competiu na competição Miss Nigéria, que ela ganhou para se qualificar para o concurso Miss Universo realizado na Cidade do México.
A eventual vencedora da Miss África do Sul, Mia le Roux, retirou-se da Miss Universo na semana passada citando uma condição médica não revelada.
Ela foi a primeira mulher surda a se tornar Miss África do Sul.
Em setembro, Adetshina, uma estudante de direito, disse à BBC que ela ainda se via como "orgulhosamente sul-africana" e "orgulhosamente nigeriana".
Mas depois que Miss Universo África do Sul tuitou para parabenizá-la por seu segundo lugar, junto com bandeiras sul-africanas e nigerianas, alguns sul-africanos responderam dizendo que ela não as representava.
Em sua entrevista à BBC, Adetshina disse que estaria buscando terapia para ajudá-la a lidar com o trauma após o abuso a que foi submetida.
Ela é a mulher negra africana mais bem colocada no Miss Universo desde que Zozibini Tunzi, da África do Sul, venceu a competição em 2019.
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