O Chade disse que está encerrando um importante acordo de cooperação de defesa com a França, levantando questões sobre a influência minguante de Paris na região do Sahel, em apuros na África.
O ministro das Relações Exteriores do Chade, Abderamam Koulamallah, disse que é hora de seu país "assegurar sua plena soberania".
O anúncio veio poucas horas depois que o colega francês de Koulamallah, Jean-Noel Barrot, conheceu o presidente do Chade, Mahamat Deby.
O Chade é um parceiro chave na luta do Ocidente contra militantes islâmicos na região do Sahel da África Ocidental.
Mas antes das eleições presidenciais de maio, as autoridades do Chade ordenaram a retirada das tropas dos EUA do país, sinalizando um distanciamento dos aliados ocidentais tradicionais do país.
Atualmente, a França tem cerca de 1.000 soldados no país da África Central, fornecendo inteligência e assistência logística aos militares do Chade a partir de suas bases, inclusive na capital N’Djamena.
A França, ex-governante colonial do Chade, assinou uma versão revisada do acordo militar e de segurança em 2019.
O Chade é apenas o mais recente país da África Central e Ocidental a cortar seus acordos de segurança com Paris.
Mali, Níger e Burkina Faso terminaram acordos com a França e outras nações ocidentais nos últimos anos, voltando-se para a Rússia em vez de apoio.
Mas Koulamallah disse à agência de notícias AFP que a decisão do Chade não marcou uma "quebra com a França, como o Níger ou em outro lugar".
A França era um "parceiro essencial", mas o Chade deve "redefinir suas parcerias estratégicas de acordo com as prioridades nacionais", disse Koulamallah em uma coletiva de imprensa na quinta-feira.
As autoridades insistiram que a medida não afetaria as relações do Chade com a França em outras áreas.
Acesse BBCAfrica.com para mais notícias do continente africano.
Siga-nos no Twitter BCAfrica, no Facebook na BBC África ou no Instagram na bbcafrica